Nos últimos dez anos, o Reino Unido testemunhou o fechamento de mais de 3,5 mil igrejas, conforme dados da National Churches Trust. Este fenômeno é impulsionado pela diminuição constante no número de fiéis e pelos custos elevados associados à manutenção dos edifícios históricos.
Atualmente, estima-se que entre 3 mil e 5 mil igrejas paroquiais encontram-se fechadas ou operando de maneira intermitente, sem a presença de um vigário residente. A situação reflete um declínio da influência da fé na sociedade britânica e levanta questões sobre o futuro desses espaços tradicionais.
Enquanto muitos desses edifícios permanecem abandonados, aguardando uma nova destinação, outros foram transformados em estabelecimentos comerciais, como restaurantes e academias, ou até mesmo em espaços de lazer, como piscinas. Essa adaptação reflete uma tentativa de preservar o valor dos imóveis, conferindo-lhes novas funções na comunidade.
A Igreja da Inglaterra calcula que aproximadamente 20 templos deixam de ser utilizados para cultos religiosos a cada ano. Diante desse cenário, a instituição mantém uma lista atualizada de propriedades disponíveis para venda ou aluguel, buscando alternativas para evitar a deterioração e o abandono dos edifícios.
A crise enfrentada pelas igrejas no Reino Unido não é um caso isolado. Em diversas partes do mundo, a diminuição da frequência religiosa e os desafios financeiros têm levado ao fechamento de templos e à busca por novas formas de utilização desses espaços. A situação exige um debate sobre o papel da religião na sociedade contemporânea e a necessidade de preservar o patrimônio histórico e cultural representado pelas igrejas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA