Protesto de indígenas volta a bloquear rodovia na manhã desta quarta-feira; Seduc informa que salários de profissionais estão mantidos até sanção de lei da educação escolar indígena

Já dura mais de uma semana a ocupação de salas da sede da Secretaria de Educação do Estado do Pará por lideranças indígenas das etnias Munduruku, Tembé, Xikrim, Borari, Arapium e outras..

Em apoio às manifestações promovidas na capital do estado, um grupo de indígenas faz bloqueio do quilômetro 922 da BR-163, em Belterra, no oeste do Pará, em protesto contra a Lei nº 10.820/2024, aprovada em dezembro do ano passado. Nesta quarta-feira(22), a rodovia foi interrompida a partir de 10h00.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal estão no local.

Os manifestantes pedem a permanência do Sistema Modular de Ensino (Some) na educação escolar indígena. Os manifestantes são contra a conversão de aulas presenciais em on-line (por meio do Sistema Educacional Interativo, o SEI).

Segundo a Seduc, o Some não será extinto.

Segundo o secrerário de educação, Rossiele Soares, já foi assinado um ofício que garante a não implantação do Centro de Mídias da educação Paraense (CEMEP) em comunidades indígenas e garantia dos salários até a sanção da lei da educação escolar indígena seja implementada.

O titular da SEDUC informou, também, que está pronta a minuta do Decreto que institui o Grupo de Trabalho para elaborar o projeto de Lei da Política Estadual de Educação Escolar Indígena.