A Justiça Federal determinou o arquivamento do inquérito contra 4 brigadistas investigados pelos incĂȘndios na Ărea de Proteção Ambiental de Alter do Chão, em 2019. A decisão acolheu integralmente a recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que apontou a ausĂȘncia de provas para sustentar as acusações contra os brigadistas e organizações não governamentais (ONGs) investigadas.
A decisão foi assinada no dia 4 de fevereiro de 2025 pelo juiz federal Felipe Gontijo Lopes, da 2ÂȘ Vara Federal Cível e Criminal de Santarém, no oeste do ParĂĄ.
Os incĂȘndios, registrados entre 13 e 15 de setembro de 2019 na região conhecida como Capadócia, foram combatidos por uma força-tarefa que incluiu a Brigada de IncĂȘndio de Alter, Corpo de Bombeiros, Exército, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil.
No primeiro inquérito, que foi aberto pela Polícia Civil para apurar as causas dos incĂȘndios, as investigações concluíram que quatro brigadistas teriam provocado os incĂȘndios com o objetivo de arrecadar doações para a Brigada de Alter do Chão, resultando na prisão dos investigados por trĂȘs dias na penitenciĂĄria de Santarém.
Na época, o Ministério Público do Estado do ParĂĄ (MPPA) devolveu o inquérito à Polícia Civil e pediu informações como coordenadas de GPS, registros de ligações telefônicas, entre outras. O inquérito da Polícia Civil acabou arquivado e o caso saiu da esfera comum e passou para a competĂȘncia da Justiça Federal.
Bombeiros durante operação para conter incĂȘndio dentro da APA Alter do Chão, em Santarém — Foto: Kamila Andrade/G1