A saúde mental dos jornalistas tem se tornado um risco crescente à profissão. A pressão por alta produtividade, ambientes de trabalho desafiadores e longas jornadas têm levado muitos à exaustão. Casos de ansiedade, insônia, depressão e burnout são cada vez mais comuns.
Muitos profissionais sentem que precisam tolerar o comprometimento de sua saúde devido à precarização do mercado e à necessidade de pagar as contas.
As metas de audiência têm impactado o propósito do trabalho jornalístico. Redações estão focadas em page views, substituindo matérias relevantes por conteúdo que gere cliques. O jornalista se torna um mero produtor de conteúdo, o que leva à frustração e esgotamento.
A imposição dessas métricas e a perda de autonomia corroem a identidade profissional do jornalista. Aquele que antes se via como um agente da informação com papel central de importância na sociedade agora se percebe como um mero produtor de conteúdo descartável. Essa dissonância entre o ideal da profissão e a realidade do trabalho diário gera um profundo sentimento de inadequação e desvalorização. A paixão pelo jornalismo, que já foi um dos principais motores de motivação, agora se transforma em angústia e desesperança, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de quadros de ansiedade e depressão."
Além do desgaste emocional, os profissionais enfrentam salários baixos, contratos precários e a crescente competição com a inteligência artificial. Quando o retorno financeiro e o prestígio diminuem, o propósito, que antes sustentava a carreira, também se esvai.
Empresas de mídia precisam priorizar a saúde emocional dos profissionais, revisando metas, oferecendo suporte psicológico e criando ambientes de trabalho mais humanos.
Um jornalista exausto não consegue inovar ou investigar, prejudicando o papel social do jornalismo. A falta de talentos leva a um conteúdo superficial e desmotivado. O futuro do conteúdo depende de quem o produz.
É fundamental que as empresas de mídia reconheçam que investir na saúde mental de seus jornalistas não é apenas uma questão ética, mas também uma estratégia essencial para a sustentabilidade e qualidade do conteúdo que produzem.
A saúde mental dos jornalistas deve ser prioridade para garantir a sobrevivência e a qualidade do jornalismo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA