A tensão entre Irã e Estados Unidos se intensifica à medida que o governo iraniano adota uma postura desafiadora em relação ao seu programa nuclear. Em um cenário de crescente desconfiança, o Irã recusa negociações diretas com Washington, insistindo em negociações indiretas, sob a supervisão do líder supremo.
A decisão de manter essa rigidez diplomática é uma resposta à postura de governos ocidentais, que acusam o Irã de camuflar intenções militares sob o pretexto de uso civil de seu programa nuclear. O governo de Teerã nega as acusações, afirmando que seu programa nuclear é destinado exclusivamente à geração de energia elétrica e à pesquisa científica.
A crise interna no Irã, marcada por protestos desde 2019, adiciona pressão ao regime. A morte de Mahsa Amini em 2022, sob custódia da polícia da moralidade, gerou manifestações em todo o país, intensificando o isolamento diplomático do Irã.
Apesar das sanções econômicas, o regime iraniano mantém um discurso de resistência, testando os limites com Washington. O presidente Masoud Pezeshkian já havia expressado sua posição sobre as negociações.
"Aceitaremos apenas negociações indiretas e somente sob orientação do líder supremo." disse o presidente Masoud Pezeshkian.
A postura do Irã reflete uma continuidade na política adotada desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear em 2018. O pacto de 2015 previa limites ao programa nuclear iraniano em troca do alívio de sanções econômicas. Com a saída dos EUA, as sanções foram retomadas e o Irã abandonou as metas estabelecidas, ampliando o enriquecimento de urânio e retomando instalações desativadas.
Enquanto isso, o governo de Netanyahu em Israel observa atentamente a situação, buscando garantir a segurança de seu país em face das ambições nucleares do Irã.
Diante desse cenário, o mundo aguarda os próximos capítulos dessa complexa relação, que pode ter implicações significativas para a estabilidade global e o futuro do Oriente Médio. É crucial que as potências mundiais ajam com cautela e busquem soluções diplomáticas para evitar uma escalada ainda maior das tensões.
*Reportagem produzida com auxílio de IA